10 maio, 2007

Como era doce o sabor dos teus labios

Olá queridos leitores...
Hj resolvi enveredar por um caminho diferente... uma maneira diferente de largar uma peq bosta... com o mesmo cheiro, mas com um conteúdo bastante diferente.

Como era doce o sabor dos teus lábios...
Fora apenas mais uma noite em q mal nos tínhamos falado, e eu começava a ficar farto desta situação.
Ultimamente (ultimamente?!?! Os últimos seis meses!), as nossas vidas havia-se transformado numa abafada monotonia. Chegavas a casa, nem bom dia, nem boa noite, já nem o seco beijo na cara me davas, enfiavas-te no escritório, e continuavas envolvida nas tuas “dores de cabeça”, como gostavas de lhes chamar quando ainda brincávamos e nos ria-mos da situação, sim, porque já houve alturas em q riamos e brincávamos...
Quando nos conhecemos tudo era lindo e suave, fantástico e eufórico, jamais havia pensado q pudesse existir alguém q me fizesse sentir tão GRANDE... sim, era assim q eu me sentia, como se fosse a melhor pessoa do mundo, o tempo, sempre insuficiente, q era passado na tua companhia, era sempre recheado de alegria a rodos, e paletes de gargalhadas. De nada, fazíamos uma parodia q dava para umas belas horas de cúmplices gargalhadas! Falar contigo ao telemóvel era o equivalente a algo tão subtil, mas ao mesmo tempo tão grandioso como o desabrochar de uma flor, ao apanhar os primeiros raios de sol, ainda coberta de orvalho... sentia-me renascer, e a partir dai, n havia na terra nem arredores, quem me conseguisse por de mau humor e tirar aquele sorriso idiota dos lábios! Acordava de manha com um sorriso de orelha a orelha, por saber q o sonho iria dar lugar a realidade, onde poderíamos continuar a descobrir novos e fantásticos mundos, inexistentes ate então... Muitas vezes nem era preciso abrir a boca um pequeno movimento de olhos, um sorriso, e um “toque de sobrolho”, e pronto! Esgueirávamo-nos para o buraco mais próximo, e era uma festa de emoções e sentimentos impossíveis de serem transcritos!

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Como era doce o sabor dos teus lábios...
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Hoje tudo é cinzento...
Passamos os dias a trabalhar e quando estamos juntos, raramente o estamos de facto... Somos mais um tipo de parasitas! Usamo-nos mutuamente, para conseguir pagar o carro, a renda da casa, onde moramos e desesperamos, gás, telefone, luz e as jóias, electrodomésticos vários o lar do meu Pai... Terá sido esse o inicio do fim? Quando nos transformamos escravos da riqueza, deixamos viver a vida e passamos a ganhar a vida! Agora já não nos preocupa se o mar esta bom para o surf, ou se choveu e vamos acabar o passeio de btt cobertos de lama! Agora as nossas preocupações estão orientadas para quanto conseguimos trazer para casa naquele dia... se ganhamos mais ou menos comissão. Passamos da alegria, para o stress insuportável. Por tudo e por nada discutimos, ultimamente ate tem estado pior, já nem nos damos ao trabalho de nos chatearmos. Ficamos calados numa amálgama de desprezo e egoísmo, e simplesmente viramos as costas se algum faz alguma coisa que não cheire tão bem ao outro...
O nosso fogo morreu e acho q já não há quem o consiga reacender.
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Como era doce o sabor dos teus lábios...

Os nossos desejos são como crianças pequenas: quanto mais lhes cedemos, mais exigentes se tornam. (Provérbio Chinês)

2 Comments:

Blogger o rapaz da bicicleta said...

Olá Luís, daqui o outro Luis (o da Cris).
Já tens aqui mais um leitor para o teu blog, portanto, venham de lá esses posts!
ab

7/20/2008 11:38:00 da tarde  
Anonymous Sara said...

Bem, já e tinhas falado do teu blog (por mail) mas, sinceramente, que nunca pensei que tinhas essa veia tão gorda de tão poeta que é...
Fiquei impressionada, muito bem!
Normalmente não tenho muito tempo mas... Vou tentar vir aqui de visita sempre que houver algo novo.

Beijinhos da afilhada...

4/22/2009 11:15:00 da tarde  

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